O que é Escoliose?

A principal característica da escoliose é uma deformidade no plano tridimensional da coluna caracterizada pela inclinação lateral e rotação axial das vértebras, e pela redução das curvaturas da coluna no plano sagital.

Diferente de desvios fisiológicos normais da coluna, a escoliose pode ser vista como uma deformidade em forma de curva, lhe conferindo a aparência de um C (uma só curvatura) ou de um S (mais de uma curvatura).

Essa condição é possivelmente de natureza genética e hereditária, e depende de fatores como idade, sexo e histórico familiar. 

A maioria dos casos ocorre entre a puberdade e a adolescência (dos 9 aos 16 anos) quando há a “fase de crescimento” do indivíduo, em maior parte atingindo o sexo feminino, e sendo mais comum entre membros de uma mesma família que tenha a deformidade.

Conheça as principais causas da escoliose

A Escoliose estrutural é dividida em diferentes tipos dependendo de suas causas, sendo as principais: congênita, neuromuscular, idiopática e traumática.

  • Congênita: é causada pela má formação das cartilagens de crescimento das vértebras ou de um problema de fusão dos ossos da coluna durante a gestação ou em recém-nascidos;
  • Neuromuscular: é causada por distrofia muscular ou problemas neurológicos como paralisia cerebral, enfraquecendo os músculos;
  • Idiopática: sua causa ainda não é conhecida, embora afete cerca de 80% dos casos de escoliose;
  • Traumática: decorrente de algum trauma na coluna, acidentes, etc.

Tipos de Escoliose

Embora a escoliose possa ser classificada em Estrutural quando à deformidade da coluna, é progressiva e está relacionada com algum problema embrionário, de nascimento ou adquirido, que afeta diretamente determinado segmento da coluna, sendo geralmente irreversível; ou  Funcional, quando o esqueleto da coluna é estruturalmente normal, mas sua curva aparece para compensar algum desajuste de outra parte do corpo, podendo ser, em geral, corrigida com tratamento. 

escoliose idiopática pode ser classificada em três tipos: infantil, juvenil e do adolescente. A escoliose idiopática do adolescente é a que mais predomina, ocorrendo entre os 10 anos de idade e a maturidade do sistema esquelético. Enquanto esta afeta 90% dos casos de escoliose idiopática, a infantil e a juvenil dividem os outros 10%. 

Sintomas

As complicações geradas pela escoliose abrangem:

  • Dor crônica;
  • Deformidade;
  • Comprometimento pulmonar;
  • Incapacidade funcional. 

A escoliose no estágio inicial nem sempre é visível, sendo percebida somente quando há progressão da curva. Os portadores da doença apresentam sintomas que variam de caso em caso, mas costumam incluir características como:

  • Inclinação do corpo lateralmente;
  • Ombros desnivelados;
  • Quadris assimétricos;
  • Pernas em tamanho desigual;
  • Mamilos assimétricos;
  • Costelas salientes em um dos lados do tórax;
  • Cintura irregular.

Além dos sintomas visíveis, quem apresenta quadro de escoliose sofre com dores nas costas. Nos estágios iniciais a dor costuma ser leve, mas conforme a doença evolui, os desvios no tórax podem aumentar de grau, gerando outras alterações e agravando as dores.

Diagnósticos

O acompanhamento do desenvolvimento do sistema esquelético é fundamental para a determinar o diagnóstico da escoliose, já que no início da puberdade o risco de a curvatura avançar é significativo.

Para um diagnóstico eficaz, o médico deve realizar um histórico clínico sobre o crescimento recente do paciente, manifestação de dores e histórico familiar. No Instituto Científico de Tratamento de Escoliose, o Escoliose Brasil, você vai encontrar as principais abordagens para identificar, diagnosticar e oferecer o melhor tratamento para o seu problema: exame físico, teste de imagem e teste de Adams.

  1. Exame Físico: após o exame geral do histórico, o profissional irá analisar o paciente de costas, de frente e de perfil, à procura de sinais da escoliose;
  2. Testes de Imagem: entre os exames, são comuns testes de imagem, como r,adiografia (Raio X), e em alguns casos tomografia computadorizada e exames de ressonância magnética. Além de registrar os desvios na coluna, com a radiografia é possível medir o grau das curvaturas e identificar se há lesões nas articulações;
  3. Programas de rastreamento: os programas de rastreamento são altamente recomendados para a detecção precoce e definição do estágio da escoliose idiopática. Dentre os testes mais realizados, o teste de Adams tem-se destacado para o diagnóstico precoce da escoliose idiopática do adolescente (EIA). O teste se baseia na flexão do tronco para frente, com os pés junto, joelhos retos e mãos unidas em paralelo com as pernas. Qualquer assimetria no tórax ou ao longo das costas deve ser analisada.

Tratamentos

O tratamento da escoliose  vai depender de cada caso, considerando a idade do paciente, grau e padrão da curvatura, intensidade da dor e quanto o paciente ainda crescerá.

Entre os tratamentos mais comuns estão o tratamento fisioterapêutico, o uso de coletes e cirurgia:

  1. Tratamento Fisioterapêutico: com base no Consenso SOSORT 2015, há necessidade de exercícios fisioterapêuticos científicos para escoliose para curvaturas entre 10 e 25 graus;
  2. Coletes: o uso de coletes: tem o objetivo de retardar a progressão da curva enquanto o paciente ainda está em fase de crescimento, e é recomendado quando o grau da curvatura se agrava acima de 25 graus;
  3. Cirurgia: a cirurgia é feita com o objetivo de estabilizar a coluna vertebral, mas só é recomendada em último caso, em pacientes adultos, quando o grau da curvatura ultrapassa os 45 graus e há o comprometimento da função pulmonar.

Opções mais saudáveis e ativas estão sendo progressivamente usadas para o tratamento da Escoliose em adolescentes, como é o caso de exercícios específicos:

  1. Exercícios: mudar alguns hábitos e incluir exercícios físicos  na rotina ajudam a evitar dores e diminuir o uso do colete. São práticas mais funcionais do que estimulação elétrica e tração para regredir a progressão da doença. Caminhada, hidroginástica, pilates e natação são exercícios que estimulam igualmente ambos os lados do corpo, mas sua eficácia só é garantida quando acompanhada de um ortopedista ou fisioterapeuta como parte do tratamento.

Existe uma maneira de prevenir a escoliose?

Não há como prevenir a doença, porém, alguns métodos são recomendados para a detecção precoce da escoliose, como o acompanhamento regular ao médico ortopedista ou fisioterapeuta durante a fase de crescimento, conseguindo prevenir assim, sua progressão.

Aposte na prevenção: conheça o Instituto Escoliose Brasil

A Escoliose Brasil está de portas abertas para proporcionar a melhor experiência em atendimento, diagnóstico e tratamento de escoliose. Uma equipe multidisciplinar especializada, com profissionais renomados, tais como Rodrigo Andrade, fisioterapeuta, Mestre em Ciências da Reabilitação pela USP e fundador do Escoliose Brasil; além de muitos outros profissionais altamente capacitados.

Não negligencie a sua saúde. Não deixe para depois. Entre em contato e faça uma avaliação. É importantíssimo ressaltar que, quanto antes você iniciar os procedimentos e cuidados para a escoliose, mais chances terá de minimizar os impactos deste problema tão incômodo. Em contrapartida, ao contrário do que muitos pensam, a escoliose não “estaciona”, ou seja; o ato de postergar a procura por um profissional pode implicar em danos muito mais sérios e, até mesmo, irreversíveis.

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