A escoliose é uma deformação morfológica tridimensional da coluna vertebral que se caracteriza pela inclinação das vértebras (plano frontal), bem como sua rotação (plano horizontal) e sua póstero-flexão (plano sagital).
Segundo a Sociedade de Pesquisa em Escoliose (Scoliosis Research Society – SRS), é denominada de escoliose a curvatura lateral da coluna com ângulo de Cobb, medido em uma radiografia anteroposterior do paciente em ortostatismo, maior que 10 graus. De um modo geral, as escolioses podem ter diversas causas:
- desordens do tecido conectivo (Síndrome de Ehlers-Danlos e Síndrome de Marfan);
- desordens neurológicas e neuromusculares (paralisia cerebral, poliomielite, distrofia muscular, neurofibromatose);
- musculoesqueléticas (displasia do quadril, discrepância do comprimento dos membros inferiores, osteogênese imperfeita);
- congênita (defeito da forma e do segmento vertebral, hemivértebra); e,
- idiopática (sem uma causa definida).
A etiologia da escoliose idiopática do adolescente ainda é desconhecida.
Existem diversas teorias – neurológica, hormonal, biomecânica e genética.
No entanto, algumas estão mais relacionadas à progressão da curva do que ao seu início; e, por essas características é que a escoliose idiopática do adolescente é considerada uma doença multifatorial com fatores de predisposição genética.