Entrevista do Jornal A Comarca – Autor Flávio Magalhães
Mogimiriano conclui curso na Itália sobre o tratamento da Escoliose
Fisioterapia – Pesquisador tenta comprovar técnica em sua pesquisas que pode contribuir com a fisioterapia no Brasil
A vida profissional do fisioterapeuta Rodrigo Mantelatto Andrade, 30 anos, está recentemente marcada pelo pioneirismo. Criando em Mogi Mirim-SP desde criança, ele passou nove meses estudando no Instituto Científico Italiano da Coluna Vertebral (ISICO). Desembarcou em terras brasileiras em novembro. Faz parte do seleto grupo de brasileiros que cursaram no centro em Milão – Itália, que é referência mundial na área.
Os estudos servirão para sua tese de doutorado, que está iniciando na Universidade de São Paulo (USP). A intenção de Rodrigo Andrade é comprovar que as pesquisas científicas, como as desenvolvidas na ISICO, podem contribuir com a fisioterapia praticada pelos profissionais brasileiros. Será um trabalho de referência, dado seu ineditismo.
“O futuro da fisioterapia vai ser baseado em evidências científicas”, profetiza Rodrigo Andrade, graduado na cidade de Araras, 2006, e mestre pela USP desde 2013. O braço científico, aliás, é uma das grandes diferenças entre os fisioterapeutas brasileiros e os italianos. Na Europa, os especialistas são pautados pelas pesquisas.
Outra diferença ressaltada por Rodrigo Andrade é o papel próprio do paciente. “Na Europa, ele é parte integrante do tratamento, pois ele entende que a mudança tem que partir dele”, afirma. Essa técnica já é utilizada pelo próprio fisioterapeuta em Mogi Mirim e em Campinas, além de abordadas em suas aulas na Pontíficia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
“A gente vai em busca de coisas que a ciência comprova”, ressalta. Assim, com sua tese de doutorado, Rodrigo Andrade espera auxiliar seus colegas de profissão, fornecendo respaldo técnico-científico para área.
