Colete ortopédico para escoliose: tratamento não cirúrgico

A escoliose é uma doença séria e que preocupa pais de crianças e adolescentes que estão apresentando curvaturas em seu crescimento. Fácil de ser diagnosticada, em poucos minutos e alguns exames clínicos é possível comprovar a curvatura em “s” ou em “c” que o paciente possui. Apesar de dados da OMS (Organização Mundial de Saúde) indicarem que cerca de 6 milhões de brasileiros possuem uma curvatura significativa de escoliose, nem todos são casos específicos de cirurgia. 

O primeiro ponto para entender sobre este assunto é que existem dois tipos de escoliose. A escoliose idiopática, que é aquela que não tem uma causa definida e, em geral, os pacientes não sentem dor; e, a escoliose não idiopática que tem uma causa definida e podendo ser fatores como: adaptação, má formação ou congênita, neurológico ou distrófico e também antálgica.

Os tipos de tratamentos recomendados para cada grau da escoliose 

Para se ter mais sucesso no tratamento, cada caso preciso ser avaliado. Isso porque, não existe mais a análise baseada no “esperar para ver” como os profissionais do passado indicavam, para depois, com o a progressão da curva, indicar uma cirurgia. Essas indicações variam de acordo com o ângulo de Cobb, como por exemplo: 

  • Observação – para casos de 0 a 10 graus;
  • Tratamento com exercícios: para 10 a 25 graus;
  • Tratamento com colete e exercícios – de 25 graus a 45 graus;
  • Tratamentos cirúrgicos – para curvaturas maiores de 45 e 50 graus.

O uso de coletes por pacientes que têm escoliose

Os coletes ortopédicos são indicados durante a fase de crescimento de crianças e adolescentes. Eles são importantes durante o tratamento para prevenir a progressão da curvatura. Mas, este tratamento não funciona sozinho, ele precisa ser combinado com o Tratamento Científico da Escoliose pelo Método SEAS ou Método Schroth, principalmente para preparar o paciente para o uso do colete. 

Antigamente, os moldes dos coletes eram feitos em gesso e baseado em radiografias. Dessa forma, tratavam apenas o ângulo de Cobb. Com as tecnologias de hoje, os modelos são feitos com o auxílio de um programa de Desenho Assistido por Computador (CAD) que consegue criar a correção exata que cada paciente precisa de maneira 3D. Por isso, a aplicação principal destes modelos atuais está relacionada ao manejo do equilíbrio, flexibilidade e da estabilidade. 

Os resultados obtidos por meio do uso do colete 3D

Estudos com adolescentes, publicado no The New England Journal of Medicine, que sofrem com escoliose idiopática mostraram que o tratamento feito com coletes ortopédicos são fundamentais para prevenir a deformidade severa antes que o esqueleto atinja a sua maturidade em 72% dos casos. Enquanto no grupo de observação, sem o tratamento com coletes ortopédicos, a taxa de progressão grave atingiu 52%. 

No Instituto Escoliose Brasil, é feito uma avaliação radiográfica do paciente com a órtese, e a correção mínima do Ângulo de Cobb deve ser de 30% dentro do colete. O uso do colete é associado ao tratamento com exercícios específicos e, por isso, não devem sofrer antes da hora pensando que a cirurgia é a única solução para o seu problema. Aqui no Instituto Escoliose Brasil temos uma equipe completa para diagnosticar cada caso e definir o melhor tratamento. 

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