Quais são os tratamentos mais eficientes para a escoliose?

A escoliose é muito diferente de uma dor nas costas ou de um incômodo na lombar, que passaria normalmente e até mesmo sem medicação ou tratamentos fisioterapêuticos. A doença tende a progredir, principalmente na fase do crescimento rápido. 

Quando não é tratada, a escoliose pode levar a deformidades graves do tronco, limitam a capacidade de biomecânica funcional do tórax, capacidade de realizar exercícios, aptidão geral e capacidade de trabalhar e vários outros fatores que estão relacionados ao comprometimento da qualidade de vida.

Na maioria dos casos, a escoliose é descoberta pela família e diante disso, muitos não sabem como proceder e até mesmo qual médico procurar ou qual tratamento é o ideal. No Brasil, os principais tratamentos indicados por médicos ortopedistas que não são especializados na área são as técnicas de:

  • “Esperar para ver”, analisando de seis em seis meses o caso;
  • Fazer natação; 
  • Pilates e RPG; 
  • O uso do colete de Boston ou Milwaukee;
  • Cirurgia.

Mas, nem sempre esses tratamentos são as melhores alternativas. Por isso, focar em tratamentos específicos para a escoliose idiopática e da  escoliose não idiopática se torna fundamental para não acarretar maiores problemas na saúde de mulheres e homens. 

Como ter sucesso no tratamento de escoliose?

Nas últimas décadas, o “esperar para ver” foi substituído por indicações de:

  • Observação – para casos de 0 a 10 graus;
  • Tratamento com exercícios – para 10 a 25 graus;
  • Tratamento com colete e exercícios – de 25 graus a 45 graus;
  • Tratamentos cirúrgicos – para curvaturas maiores de 45 e 50 graus.

Para ter mais sucesso no tratamento, é preciso avaliar cada caso para acompanhar os níveis de progressão e de como eles podem ser evitados com cada tipo de exercício baseado em evidências científicas, uso de coletes modernos, e em últimos casos, e processos muito delicados, recorrer a cirurgia. 

No Brasil, em torno de 19 mil pessoas aguardam pela cirurgia de escoliose pelo SUS, já que este processo pode chegar a custar em até R$35 mil reais. Mas, na maioria dos casos, esse tratamento pode ser solucionado de outras maneiras menos agressivas. 

O que irá decidir se o tratamento será leve, moderado ou mais difícil é fazer uma equação que leva em consideração três fatores: o Cobb, a magnitude da curva principal; e o sinal Risser, que é o quanto que o crescimento ósseo ainda vai acontecer e a idade cronológica. 

Assim, quanto maior a curva e menor a idade, mais complicado e quanto menor a curva e maior a idade, mais leve.  Desde a observação, fisioterapia até o uso do colete. Quanto antes esse tratamento começar a ser feito, menores serão as chances de considerar a cirurgia como única solução. 

Explicaremos os tipos de tratamento abaixo, mas é sempre importante avaliar toda a situação de cada paciente. Alguns casos exigem por exemplo, um tratamento com exercícios mais estáticos. Já em casos que o paciente é muito alinhado na postura estática, e apresenta disfunções quando medimos uma função, é preciso apresentar uma solução de tratamento mais dinâmico. Ou seja, os pacientes mais rígidos, vão precisar de soluções que envolvam mobilidade e alongamento e os pacientes hipermóveis, mais força.

Tratamento: a observação

A observação é avaliar casos de curvaturas de 0 a 10 graus, com teste de Adams; uso de escoliômetro de Bunnel e a radiografia. É preciso deste caminho para ter certeza quais serão os próximos passos para o tratamento do seu paciente.

Tratamento: os métodos de exercícios baseado em evidências científicas

Alguns exercícios específicos trazem resultados muito positivos nos tratamentos de escoliose. Principalmente nos casos de 10 a 25 graus. Esses métodos são comprovados pelo PUBMED e SOSORT e incluem o método alemão Schroth, métodos BSPTS, DOBOMED e Side Shift e também os métodos Fits, Lyon e Isisco. 

Com esses exercícios baseado em evidências, muitos casos têm regressão do grau e até menos diminuem as chances do uso de coletes por adolescentes. 

Tratamento: os tipos de coletes e os mais indicados 

Quando devo indicar o colete para o meu paciente? Quais são os coletes que levam mais resultados? No Brasil dois tipos de coletes são muito indicados como o colete de Milwaukee e Colete Boston, que precisam de muito tempo de utilização e a maioria dos adolescentes não gosta de utilizar na escola devido a aparência. Assim, a taxa de melhora diminui muito entre os pacientes. 

No mundo, há diversos outros tipos de coletes que são tridimensionais que são mais eficientes e diminuem a indicação de cirurgia. Esses coletes, do Sistema Goss, são feitos por scanner que circulam o paciente e tem os modelos extremamente personalizados para o caso de cada paciente. 

 Tratamento: cirúrgico

O tratamento cirúrgico é indicado em casos de a partir de 45 ou 50 graus. Durante o período de espera da cirurgia, os tratamentos anteriores são utilizados para diminuir as queixas dos pacientes. 

Quer saber mais sobre a escoliose e os tratamentos para cada caso?

Fique de olho em nosso blog.

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